Este espaço foi construido para promover e divulgar a Arte Afro e seus autores em Belém do Pará.
Diante da histórica invisibilização e tentativas constantes de silenciamento do negro, de sua cultura, suas vivências, sua religião e sua arte, é fundamental a existência de espaços de resistência como este.
A Arte negra não pode ser negada e tem que ser abordada desde o ensino escolar de acordo com a lei 10.639/03 e as Diretriz Curricular Nacional para a Educação das Relações Étnicos Raciais.
Jean é artista visual e o autor da xilogravura acima, formado pela Universidade Federal do Pará, desenvolve suas atividades no Ateliê Obatalá Nilá localizado no município de Ananindeua e suas produções são resultado de suas vivências no terreiro com sua temática ligada a ancestralidade africana explora as questões do universo afro religioso em seus trabalhos.
A técnica ultilizada por ele é a xilogravura e suas obras não são obvias, mas conduzem a reflexão dos elementos pertencentes ao universo afro religioso.
Este artista expõe seus trabalhos desde 2001 e já participou de exposições coletivas e individuais como o "Nós de Aruanda, Artistas de Terreiro" desde 2016. Participou como convidado da 3ª Bienal de gravura de Santo André- SP. Projeto Acerbo Onze Janelas GRAVURAS NO PARÁ, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belem-Pa em 2008 e entre outras.
Abaixo podemos conhecer outras obras deste importante artista para a arte afro.
JEAN RIBEIRO E SUA ARTE XILO
Raimundo Nonato Silva, popularmente conhecido como Mestre Nato nasceu, viveu no bairro do Guamá, em Belém, no Pará e faleceu no dia 23 de maio de 2014.
Mestre Nato foi instrutor de artes na Fundação Curro Velho e também criou os estandartes de Santos Juninos do arraial do Pavulagem, movimento cultural que realiza uma festa popular em forma de cortejo com musicas, que acontece nos meses de junho e julho e também em outubro para homenagear Nossa Senhora de Nazaré.
Foi um artista auto didata e teve como influência a alfaiataria, que aprendeu com a sua vó durante a juventude tendo como inspiração o imaginário popular amazônico.
Sua poética costurava elementos das crenças populares amazônicas, afro religiosas e do catolicismo produzindo um sincretismo artísticos dessas três influências de nossa cultura.
Para a composição e construção de suas obras utilizava técnicas advindas de seu ofício, como bordados, aplicações de pedrarias, pintura em tecido, tecido sobre tecido, tecido com matalassê acolchoado, etc., transformando suas peças num verdadeiro cenário narrativo, nomeado pelo próprio artista de “narrativas costuradas”, com trajetórias de personagens sagrados e da cultura popular regional.
NEGA SUH E SUA ARTE RESISTÊNCIA
Nega Suh é a representatividade da mulher negra na Arte com sua arte graffiti nos muros de Belém do Pará.
O espaço urbano assim como Arte e a História da Arte são territórios demarcados pelo machismo, daí a grande importância de se dar destaque a produção dessa artista e mulher negra militante de uma estética de valorização de sua identidade feminina e negritude nessa cidade amazônica, que é Belém.
Nega Suh é artesã, grafiteira e ilustradora. Em sua arte roduz bijuterias africanas e, objetos de decoração com reaproveitamento de materiais, reforma e reelabora alguns tipos de móveis como guarda-roupas, penteadeiras e bancos.


MESTRE NATO
Mestre Nato produzindo em seu ateliê.
Fontes:
http://www.fcp.pa.gov.br/espacos-culturais/sede/galeria-theodoro-braga/todas-exposicoes/1345-gtb-http://www.folhamt.com.br/artigo/23460/Mostra-homenageia-a-vida-e-obra-de-Mestre-Nato--no-Mabehttps://literatercia.wordpress.com/2015/07/14/mestre-nato-no-mabe/
Parte de um estandarte do mestre nato com narrativas da cultura e crenças amazônicas.
Obra de título desconhecido.
Fontes:
https://chaodebarro.wordpress.com/negrarte/
http://lounge.obviousmag.org/espacialidade/2018/08/arte-afro-amazonica-de-nega-suh.html
Imagem retirada do perfil de Nega Suh no Facebook. Direitos autorais reservados.
Imagem: Origraffes Grafitti
Imagem: Paradise
Imagem: Nega Suh
Imagem: Nega Suh
Imagem: Jean Ribeiro, obra Corpo-Máquina, xilogravura em papel, dimensões 10 x 15 cm, 2015.
Imagem: Jean Ribeiro, obra Saluba Nanã, xilogravura em papel, dimensões 2 m x 90 cm, 2016.
Imagem: Jean Ribeiro, obra Oriooo I, xilogravura em papel, dimensões 45 x 37 cm, 2015.
Fontes: http://www.fcp.pa.gov.br/noticias/2570-corpo-maquina-de-jean-ribeiro-tera-exposicao-de-estreia-na-galeria-theodoro-braga
http://www.fcp.pa.gov.br/espacos-culturais/sede/galeria-theodoro-braga/todas-exposicoes/670-ferramentas-de-jean-ribeiro
http://www.fcp.pa.gov.br/noticias/82-ascom-noticias/180-o-artista-jean-ribeiro-exposicao-ferramentas-ministra-oficina-de-xilogravura
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